6.2. Conceito e Aplicações

A crescente escassez de áreas acessíveis para construção está levando engenheiros, empreiteiras e projetistas a buscar soluções inovadoras para usar menores parcelas das áreas disponíveis, ou usar áreas com terreno acidentado e/ou taludes íngremes que antigamente eram consideradas inadequadas para construir. Muitas destas áreas podem ser tornadas praticamente planas e, portanto apropriadas para uso através de estruturas como muros de contenção e retaludamento.

Os tipos básicos de muros de contenção são mostrados na figura 25: muro de flexão, e na figura 26: muro de gravidade. A maioria dos muros de flexão é construída com concreto armado moldado no local. Esse tipo de estrutura retém o solo devido à sua rigidez e resistência interna. Paredes de concreto armado são estruturas caras, não têm aparência agradável e, se as tensões, resultantes de recalque diferencial, excederem à resistência do concreto, aparecerão trincas que afetarão a estabilidade e a aparência da estrutura.


Muros de gravidade são estruturas corridas que se opõem aos empuxos horizontais pelo peso próprio. Geralmente, são utilizadas para conter desníveis pequenos ou médios, inferiores a 5 metros. A estrutura de gravidade construída com a geocélula tem a flexibilidade que permite o seu ajuste a pequenos recalques diferenciais, sem que haja dano estrutural.


A geocélula pode também ser usada para construir um talude íngreme, figura 27, o qual pode ser construído com uma inclinação muito maior do que se conseguiria num talude com solo. Um talude íngreme construído com geocélula pode ser considerado um muro de contenção com inclinação da face maior que 25º.



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